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Arte e palavra : experiência de pensamento em ato do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ (1985-1990)
- 2022
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Samlingsverk (redaktörskap) (övrigt vetenskapligt/konstnärligt)abstract
- A leitura desse livro, com que Márcia Sá Cavalcante Schuback quis oferecer uma aventura de pensamento e criação ao centenário da UFRJ, teve sobre mim o efeito de uma velocíssima visita a um passado bom. A um tempo melhor, habitado pelo entusiasmo e a esperança. Não é pouca coisa para acarinhar esse nosso tempo de encarceramento e morte. É talvez banal dizer que me propiciou uma viagem no tempo. Mas quando, nessa nossa tortuosa atualidade, as utopias fugiram do horizonte – os horizontes fugiram – e os futuros se insinuam catastróficos e distópicos, às vezes o passado é o tempo da esperança. Foi para lá que viajei. Trabalhamos juntos, Márcia e eu, na gestão do reitor Horácio Macedo (1985-1990). Saíamos da ditadura, ele foi o primeiro reitor eleito pela comunidade acadêmica no Brasil, um renascimento da universidade crítica, cheia de energia vital. Ele me convidou para dirigir o Fórum de Ciência e Cultura, e para essa aventura do pensamento que age foi que trouxe Márcia do seu doutorado no IFCS. E ela fez acontecer. Fizemos juntos. Ombro a ombro, se diz. Pois foi assim: ombro a ombro. O Fórum era um vazio. Vazio institucional, de ideias, de beleza. O que Márcia fez foi povoá-lo, na área da cultura, com inteligência, sons, imagens, corpos em movimento. Excelentes ciclos de conferências, música, teatro, exposições. Arte que pensa, pensamento que se dá a ver no brilho da beleza, que é um dos modos de desencobrimento da Verdade. E o registro dessa ressurreição – na verdade, desse primeiro nascimento – foi pensado na revista Arte e Palavra, que criou e dirigiu. Foram apenas quatro números. Faltava-nos tudo até para esses quatro. Foram feitos. Mais não deu. Mas são até hoje o arquivo múltiplo de uma bela experiência do pensamento que faz, da criação que pensa. A essa experiência é dedicado esse livro. Descreve uma história, fundamenta um projeto, alegra-se com as pessoas que estiveram ao seu lado, que aí continuam, amizades dessas que, como se diz, “fazem-se no trabalho”. É muito mais do que isso, é muito melhor. São pessoas que se criaram juntas, à medida em que iam criando um mundo, que não existia. Criação, poiese, poesia em ato. Isso não é um trabalho apenas, é uma vida. Pode ser um destino. Se for assim – e foi, dou testemunho -, esse projeto, trazido aqui de novo à memória, bem podia desentupir os canais do futuro e reintroduzir esperanças. Redesenhar utopias alegres.
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Dinâmicas Afro-Latinas : Língua(s) e História(s)
- 2015
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Samlingsverk (redaktörskap) (refereegranskat)abstract
- A tentativa de compreender como nascem as variedades de uma língua não pode ser dissociada da investigação sobre os aspectos históricos que permeiam a emergência dessas variedades. Da mesma forma, estabelecer a história de uma comunidade requer a observação de elementos que participaram de sua constituição social, cultural, política, econômica etc., entre os quais a língua ocupa um lugar de destaque. Língua e história se entrelaçam: uma não existe sem a outra. Esta coletânea aborda temas que interessam ao estudo dos contatos entre africanos e europeus na América Latina e na África, focalizando aspectos históricos e linguísticos relacionados ao papel dos africanos e suas línguas na gênese de novas variedades do português e do espanhol.
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Pedagogias em educação musical
- 2011. - 1
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Samlingsverk (redaktörskap) (övrigt vetenskapligt/konstnärligt)abstract
- Esta obra reúne de forma inédita dez ensaios sobre o trabalho de pedagogos como Émile Jaques-Dalcroze, Zoltán Kodály, Edgar Willems, Carl Orff, Maurice Martenot, Shinichi Suzuki, Gertrud Meyer-Denkmann, John Paynter, Raymond Murray Schafer e Jos Wuytack, sendo leitura fundamental para quem deseja, de fato, compreender as concepções de educação musical que temos hoje.De ponta a ponta, seja no Brasil, seja na América Latina ou pelo mundo afora, essas pedagogias fazem parte dos currículos de educação musical das principais instituições de formação docente e de milhares de escolas de ensino básico e conservatórios.Há imenso valor histórico, sociológico, educacional, filosófico e psicológico nas ideias desses clássicos. Conhecer seu legado pedagógico implica entender as múltiplas formas de pensar e atuar no ensino de música. Afinal, essas pedagogias constituem parte da história e dos fundamentos da educação musical e conhecê-las é também um modo de compreender melhor a nossa educação.
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